sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Vaidade, passado e futuro


E Mano Menezes caiu...

Falta de resultados expressivos, fracasso em competições, como Copa América e Jogos Olímpicos, convocações controversas etc, as razões são inúmeras que devem ter motivado a demissão do treinador. Todavia, a CBF justificou a demissão por uma busca de novos métodos de trabalho e um novo planejamento (?).

A meu ver, todo esse blablabla é bobagem. Vejo nesta demissão apenas uma demonstração de vaidade do José Maria Marin e de Marco Paulo Del Nero.
É bem nítido que esta administração nunca "engoliu" o Mano. É até surpreendente que tenha demorado tanto.

Para o lugar de Mano Menezes, os mais cotados são bem conhecidos do grande público, porém ambos vêm de péssimas temporadas frente seus clubes.

Muricy Ramalho passa por um momento complicado no Santos. Apesar de vencer a Libertadores em 2011, o treinador não conseguiu levar a equipe santista ao patamar alcançado com outras equipes por onde ele passou. O próprio treinador não vem tendo uma postura, digamos assim, exemplar, já que até criticar seus jogadores publicamente ele já fez neste ano.
Além disso, a ida dele para a Seleção esbarra no mesmo problema que o impediu em 2010: seu contrato.
Em 2010, Muricy aceitou o convite da CBF, mas por conta do contrato com o Fluminense, que previa multa, ele não saiu. O próprio disse que preferiu cumprir o contrato, mas logo depois ficou claro que o time carioca foi quem não o liberou sem multa.
Hoje, o contrato com o Santos tem a mesma cláusula. Resta saber como o clube vai reagir.

A outra opção, o favorito de muitos, é o Felipão. Este vem de um trabalho, salvo pela conquista da Copa do Brasil neste ano, desastroso à frente do Palmeiras. Em suas mãos, o time foi rebaixado no Brasileiro, mesmo que ele tenha saído antes da concretização da queda.
A busca pelo Felipão, a meu ver, é o mesmo que ocorreu quando o Leão caiu em 2001. A Seleção precisava da tal "chacoalhada" e o treinador gaúcho, já conhecido por seu estilo duro, disciplinador, mas ao mesmo tempo afetuoso, foi o escolhido. O fim da história todos sabem...

Atualmente, por mais que os momentos pareçam análogos, a escolha pelo Felipão, na minha opinião, esbarra em alguns empecilhos, dentre eles, o mais importante é o fator tático.
O Mano, por convicções próprias ou necessidade momentânea, mudou o estilo da Seleção. Ela hoje joga diferente. E justamente quando parecia se habituar a este estilo, ele o treinador é demitido.
Com Felipão, inevitavelmente, o time jogará diferente. Ele não começará do zero, mas terá que adaptar o estilo e os jogadores para alcançar a Copa das Confederações e a Copa do Mundo.

Apesar do péssimo retrospecto do treinador, pensando de forma prática, ele talvez seja o único que não tenha grande rejeição, tanto na mídia, quanto com os torcedores.
Para a atual direção da CBF, sempre foi o preferido, isso é claro. E mais claro ainda ficou a imposição da vaidade, logo no momento que observamos certa evolução.

Só não podemos misturar os fatos: nem o time, muito menos o Felipão, são os mesmos de 2002.
Resolveremos o futuro com as armas do passado? A sorte está lançada.

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