sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Balanço 2012 - Fluminense



E para fechar o balanço dos clubes do Rio de Janeiro em 2012, chegou a vez daquele que teve certamente o ano mais feliz, com mais conquistas, se consolidando como o principal clube do Estado, além de ter os dois principais destaques do campeonato nacional: o Fluminense.

Campeonato Carioca
Se ao chegar em dezembro, o torcedor tricolor só tem boas lembranças de 2012, o início do campeonato estadual não prometia uma temporada tão gloriosa.
O time teve uma campanha pífia na Taça Guanabara e só se classificou às semifinais  graças ao Vasco, que já classificado, venceu o Boavista, que era segundo do grupo, à frente do Fluminense.
Nas semifinais, após empate em 1x1 com o Botafogo no tempo normal, venceu por 4x3 nos pênaltis.
Na final da TG, curiosamente tinha pela frente o Vasco, time que “classificou” às semifinais. E nesta final, finalmente time jogou bem, vencendo a partida por 3x1, com gols de Deco e Fred (duas vezes).

Classificado para a decisão do campeonato e priorizando a Libertadores, o Fluminense colocou time misto durante toda a competição. Com isso, acabou nem se classificando para as semifinais.
Na final do campeonato estadual, enfrentou o Botafogo (campeão da Taça Rio) e venceu as duas partidas: a primeira por 4x1 e a segunda por 1x0. E assim, conquistou mais um título estadual, o 31º de sua história.

Copa Libertadores

Sendo a principal competição do ano, o tricolor entrou com tudo na disputa e logo na fase de grupos mostrou que era candidato ao título. É verdade que o time até calçou um certo salto alto na partida contra o Boca Juniors no Engenhão (após ter derrotado o time argentino em La Bambonera), o que causou a derrota e um sinal de alerta. Mas isso não impediu que a equipe se classificasse com a melhor campanha da fase inicial.

Contudo, embora muitos dissessem que o elenco tricolor era tão fantástico que o time reserva já era muito bom, na prática não era bem assim. O time misto não foi capaz de chegar nem às semifinais do segundo turno do Campeonato Carioca. Com isso, o técnico Abel sentiu a necessidade de usar as estrelas do time na reta final. E acabou pagando um alto preço por isso: Deco e Fred, dois dos principais jogadores (se não forem os principais) contundiram-se gravemente e ficaram fora das quartas-de-final da Libertadores, novamente enfrentando o Boca Juniores. O time argentino impôs forte marcação nas duas partidas e sem o talento de Deco e Fred, o tricolor carioca não conseguiu superar a defesa adversária e acabou eliminado da competição. Mas o ano não acabaria aí.

Campeonato Brasileiro

Concentrado sua força máxima na competição, o Fluminense se mostrou favorito desde as primeiras rodadas. É bem verdade que, taticamente, o time não demonstrava nada demais. Abel montou uma retranca que marcava forte e contra-atacava mortalmente utilizando o talento do quarteto ofensivo formado Thiago Neves, Deco, Fred e de Wellington Nem, que atravessava ótima fase. E mesmo quando o adversário furava a retranca, esbarrava na muralha Diego Cavalieri, que terminaria o campeonato como melhor goleiro da competição.

Durante o primeiro turno, a equipe carioca travou um bom duelo com o Atlético/MG pelas primeiras posições. Mas com o passar das rodadas, a equipe mineira mostrava uma irregularidade que não acontecia com o tricolor. E com o tempo a distância em pontos entre as equipes aumentava.

Um fato lamentável aconteceu no meio do segundo turno, quando vários erros de arbitragem favoreceram o Fluminense em jogos quase seguidos. Entre os torcedores, começou a suspeita de que o time estava sendo favorecido para chegar ao título. Entretanto, é bem verdade que o Atlético/MG também foi favorecido em alguns jogos pro erros dos árbitros. Assim, atribuir a boa campanha tricolor a erros de arbitragem é exagero.

A maior prova disso foi que o clube sagrou-se campão brasileiro faltando ainda três rodadas para o final.  Mesmo com nove pontos a serem disputados, o Atlético/MG não poderia mais alcançar o tricolor. Não há como dizer que tal façanha foi conquistada graças à ajuda de árbitros.

Um fato curioso foi que após o título, Abel Braga disse que soltaria o time para jogar mais à vontade e soltou mesmo. E jogando aberto, sem retranca, o time não venceu mais três rodadas finais, perdendo duas partidas em casa e empatando fora contra o rebaixado Sport. Mas com o campeão tudo é festa e talvez isso tenha servido de aprendizado para o futuro.

O futuro

Diante disso, as perspectivas da torcida tricolor para 2013 são as melhores possíveis. O clube não fará exageros em contratações e nem deve. Nenhum jogador campeão foi embora e o elenco mantido é suficiente para disputar as competições mais importantes do ano.

A comissão técnica já garantiu que o erro cometido em 2012 (quando o clube perdeu jogadores importantes para a Libertadores) não se repetirá. A Libertadores será priorizada e acredito que nenhum tricolor ficará chateado em perder o Estadual, mas conquistar a América.

E assim, podemos dizer que o torcedor do Fluminense é o que mais tem motivos para dizer: Feliz 2013!

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