terça-feira, 26 de março de 2013

Pais negligentes criam filhos delinquentes



Dizem que uma das principais virtudes que os pais precisam ter com seus filhos é impor limites. Saber dizer não e repreender o filho quando este estiver errado. De fato se sempre que o seu filho cometer algum erro, você passar a mão na cabeça e dizer que ele está certo, então seu filho continuará cometendo o mesmo erro. Afinal, se você, pai, disse que não tem problema, por que ele pararia de cometer o ato? Pior ainda se você faz isso diante dos outros. Aí o seu filho não apenas acha que está certo, como também tem a sensação da impunidade. Pode errar à vontade que nada lhe acontecerá.

Por outro lado, se você repreende seu filho e mostra que o que ele fez foi errado, é mais provável que ele tente se corrigir. Deve-se tomar muito cuidado antes de julgar o comportamento de quem ainda está em formação. Se ele está agindo de forma incorreta, muitas vezes é porque seu responsável está agindo com negligência.

O mesmo raciocínio pode ser aplicado à postura do Sr. Jorge Rabello. Mais uma vez, o presidente da Comissão de Arbitragem do Rio de Janeiro prefere fazer vista grossa à péssima atuação de um árbitro e ainda elogiá-lo, quando o correto seria repreendê-lo para que ele se reciclasse.

Devem se recordar que não é a primeira vez que o Sr. Rabello tem essa atitude. Já discutimos esse assunto numa primeira oportunidade aqui e voltamos ao tema quando o ex-árbitro deu uma enorme demonstração de incoerência.

Não vou entrar no mérito da expulsão do jogador Seedorf, pois envolve uma certa subjetividade a ser discutida. Porém, não pode o Sr. Rabello dizer que o árbitro foi “nota máxima” após tantas decisões erradas.

Invalidar um lance minutos depois utilizando interferência externa é um ato ilegal! Não interessa que o lance tenha sido irregular (de fato foi). A regra do jogo não permite uso de recursos eletrônicos ou interferência extra-campo na decisão do árbitro. E isso fica claro que ocorreu, não adianta o árbitro negar, pois nenhum dos auxiliares havia visto irregularidade.

E toda a confusão com o jogador Seedorf teria sido evitada se o árbitro fosse mais atento e percebesse que as três alterações já haviam sido processadas e por isso não havia motivo para o jogador sair de campo. Aliás, onde estava o ponto eletrônico nessa hora?

Como é possível que um árbitro que ignore a lei utilizando recursos externos para invalidar um lance e ainda exija a saída de um jogador sem motivo pode receber “nota máxima” do presidente da Comissão de Arbitragem? Como está a cabeça desse árbitro agora? Provavelmente achando que pode fazer o que bem entender, pois sempre terá a proteção do “paizão” Sr. Jorge Rabello.

E engana-se quem pensa que o Sr. Rabello está sozinho nessa. Grande parte da imprensa simplesmente ignora os erros cometidos pela arbitragem e se preocupa apenas em debater se houve excesso por parte do jogador ou do árbitro no lance da expulsão. E para colocar a cereja no bolo, o Sr. José Teixeira Fernandes, presidente do Tribunal de Justiça Desportiva (TJD-RJ), já adiantou que tudo que o árbitro escreveu na súmula é verdadeiro. O jogador e o clube denunciado é que tem que se explicar. Ou seja, todos os envolvidos no jogo são potencialmente mentirosos, com exceção do árbitro, o único e legítimo dono da verdade!

Realmente, se quisermos mudanças e melhorias na arbitragem, tem que começar a mudar nas camadas de cima. Na atual política corporativista e negligente, formaremos árbitros cada vez piores.

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