Onde está o Bom Senso?
Na última quarta-feira, dia 13 de agosto de 2014, aconteceu um fato inesperado que foi a eliminação de Fluminense, São Paulo e Internacional da Copa do Brasil. Os três, que são times grandes do futebol brasileiro, perderam a vaga para América/RN, Bragantino e Ceará, respectivamente, todos considerados times de terceiro ou quarto escalão do Brasil. Não vou entrar no mérito dos jogos em si, mas já que ultimamente os jogadores tem cobrado profissionalismo e fair play de seus clubes, eu pergunto se essa eliminação é algo aceitável.
É evidente que futebol é disputado em onze contra onze e um time grande perder para um time mais fraco não é novidade. Acontece desde que o futebol existe. Contudo, recentemente os jogadores criaram o movimento chamado de “Bom Senso F.C.” em que cobram, dentre outras coisas, melhor calendário, férias e fair play financeiro. É muito justo, diga-se de passagem. São mudanças que tendem a ser benéficas para o futebol brasileiro. Entretanto, penso que quem cobra deve ser cobrado e ter a mesma postura que espera ter de quem ele está cobrando.
Quanto é a folha salarial de Fluminense, São Paulo e Internacional? Será que a folha salarial do América/RN inteiro supera os salários de Conca, Fred e Diego Cavalieri? Bem, eu não participo das reuniões de orçamentos do Fluminense, mas creio que quando o clube calculou o orçamento de 2014 não estava prevendo uma eliminação tão precoce na Copa do Brasil. O mesmo vale para São Paulo e Internacional. Quem paga essa conta? No início do ano, jogadores do Botafogo, que ainda não estavam com um atraso tão grande de salário disseram que não tinha motivação para jogar o campeonato carioca. E aí, como fica o clube nessa história? No prejuízo porque os jogadores não estão motivados?
A relação entre jogadores e clube é desigual porque hoje os clubes são verdadeiros reféns. Os jogadores podem fazer o que bem entendem como faltar treinamento, pedir para não viajar, jogar mal algumas partidas “por não estar bem emocionalmente”, perder classificações por “estarem em um dia ruim” e no final quem arca com o prejuízo são os clubes. Jogadores cobram fair play financeiro para não ter atrasos no salário, mas não admitem redução dos mesmos e fogem da responsabilidade quando o clube tem de amargar o prejuízo de uma eliminação precoce. É evidente que, como em qualquer negócio, o clube deve avaliar os riscos quando monta seu orçamento. Mas será mesmo que um clube grande considera como alta a possibilidade de eliminação numa fase pré-eliminar de Copa do Brasil? Ou ficar de fora de uma fase final de Estadual? Claro que muitas vezes a gestão dos clubes é mal feita, mas estou me prendendo somente aos casos de eliminações inesperadas, aquelas verdadeiras zebras.
A situação piora ainda mais quando um jogador cisma de sair do clube. Aí ele até foge de concentração, tira o pé de dividida, força cartões e o clube não pode fazer nada além de rescindir o contrato amigavelmente sem ganhar nada, mas para diminuir o prejuízo de ter de bancar um jogador que não quer ficar. Mas e o prejuízo técnico com a perda do jogador? Quem paga isso?
Deve-se lembrar também que muitas vezes isso acontece por culpa dos próprios clubes. Em quase 100% dos casos em que um jogador força a barra para sair do clube, há um segundo clube esperando-o sair para contratá-lo sem obrigação de pagar multa. Ou seja, um clube tenta se dar bem passando a perna no outro sem pensar que no futuro ele pode acabar passando pelo mesmo prejuízo. Claro que isso não ameniza o mau caratismo do jogador que toma essa atitude, mas penso que no dia em que os clubes se unirem e resolverem não contratar mais jogadores com esse perfil, essa prática nociva irá acabar.
Assim, penso que por mais que no futebol seja comum o mais fraco derrotar o mais forte é necessário uma reflexão dos jogadores. Eles precisam também ter bom senso antes de exigirem bom senso. Não estou defendendo as administrações dos clubes, que costumam ser péssimas e até fraudulentas em alguns casos. Porém, se amanhã aparecer uma diretoria honesta e profissional em um clube, ela vai estar sujeita aos mesmos caprichos dos jogadores. E pode ver todo seu trabalho ir por água abaixo por causa de episódios como os que relatamos. É necessário bom senso sim, mas de todos os envolvidos no futebol.
É evidente que futebol é disputado em onze contra onze e um time grande perder para um time mais fraco não é novidade. Acontece desde que o futebol existe. Contudo, recentemente os jogadores criaram o movimento chamado de “Bom Senso F.C.” em que cobram, dentre outras coisas, melhor calendário, férias e fair play financeiro. É muito justo, diga-se de passagem. São mudanças que tendem a ser benéficas para o futebol brasileiro. Entretanto, penso que quem cobra deve ser cobrado e ter a mesma postura que espera ter de quem ele está cobrando.
Quanto é a folha salarial de Fluminense, São Paulo e Internacional? Será que a folha salarial do América/RN inteiro supera os salários de Conca, Fred e Diego Cavalieri? Bem, eu não participo das reuniões de orçamentos do Fluminense, mas creio que quando o clube calculou o orçamento de 2014 não estava prevendo uma eliminação tão precoce na Copa do Brasil. O mesmo vale para São Paulo e Internacional. Quem paga essa conta? No início do ano, jogadores do Botafogo, que ainda não estavam com um atraso tão grande de salário disseram que não tinha motivação para jogar o campeonato carioca. E aí, como fica o clube nessa história? No prejuízo porque os jogadores não estão motivados?
A relação entre jogadores e clube é desigual porque hoje os clubes são verdadeiros reféns. Os jogadores podem fazer o que bem entendem como faltar treinamento, pedir para não viajar, jogar mal algumas partidas “por não estar bem emocionalmente”, perder classificações por “estarem em um dia ruim” e no final quem arca com o prejuízo são os clubes. Jogadores cobram fair play financeiro para não ter atrasos no salário, mas não admitem redução dos mesmos e fogem da responsabilidade quando o clube tem de amargar o prejuízo de uma eliminação precoce. É evidente que, como em qualquer negócio, o clube deve avaliar os riscos quando monta seu orçamento. Mas será mesmo que um clube grande considera como alta a possibilidade de eliminação numa fase pré-eliminar de Copa do Brasil? Ou ficar de fora de uma fase final de Estadual? Claro que muitas vezes a gestão dos clubes é mal feita, mas estou me prendendo somente aos casos de eliminações inesperadas, aquelas verdadeiras zebras.
A situação piora ainda mais quando um jogador cisma de sair do clube. Aí ele até foge de concentração, tira o pé de dividida, força cartões e o clube não pode fazer nada além de rescindir o contrato amigavelmente sem ganhar nada, mas para diminuir o prejuízo de ter de bancar um jogador que não quer ficar. Mas e o prejuízo técnico com a perda do jogador? Quem paga isso?
Deve-se lembrar também que muitas vezes isso acontece por culpa dos próprios clubes. Em quase 100% dos casos em que um jogador força a barra para sair do clube, há um segundo clube esperando-o sair para contratá-lo sem obrigação de pagar multa. Ou seja, um clube tenta se dar bem passando a perna no outro sem pensar que no futuro ele pode acabar passando pelo mesmo prejuízo. Claro que isso não ameniza o mau caratismo do jogador que toma essa atitude, mas penso que no dia em que os clubes se unirem e resolverem não contratar mais jogadores com esse perfil, essa prática nociva irá acabar.
Assim, penso que por mais que no futebol seja comum o mais fraco derrotar o mais forte é necessário uma reflexão dos jogadores. Eles precisam também ter bom senso antes de exigirem bom senso. Não estou defendendo as administrações dos clubes, que costumam ser péssimas e até fraudulentas em alguns casos. Porém, se amanhã aparecer uma diretoria honesta e profissional em um clube, ela vai estar sujeita aos mesmos caprichos dos jogadores. E pode ver todo seu trabalho ir por água abaixo por causa de episódios como os que relatamos. É necessário bom senso sim, mas de todos os envolvidos no futebol.
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