quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

E o salário, ó...



Quando pensamos que o futebol “profissional” firmou- se, ao menos, nos grandes clubes do país, eis que surge Gilvan de Pinho Tavares, presidente do Cruzeiro. “Atletas ganham muito pouco, ganham uma miséria, e atrasar três ou quatro dias faz uma falta danada”, ironizou Gilvan. Como se os jogadores, por receberem altos salários, e não são todos, não tivessem o direito de ter seu salário depositado em dia.

 A declaração retrógrada dada pelo dirigente a cerca dos salários atrasados dos jogadores cruzeirenses, é inaceitável nos dias de hoje. Coincidência ou não, o clube tem uma suposta dívida de R$ 30 milhões com seu ex-presidente, o Senador Zezé Perrella. O que expõe ainda mais uma relação nada saudável e nada profissional.
Esta situação não é exclusividade do clube celeste. Neste inicio de ano já tivemos casos no Flamengo de não pagamentos de luvas de alguns jogadores e parte do salário da estrela do time, Ronaldinho, que há cinco meses não cai em sua conta. E a exemplo dos cartolas cruzeirenses, a diretoria rubro-negra põe panos quentes.  

Agora, a crise chega à São Januário. Com salários atrasados e parte dos direitos de imagens atrasados, os jogadores cruzmaltinos decidiram não se concentrar para a partida desta quinta-feira contra o Bangu. Atitude que não chega a ser antiprofissional, pois os jogadores recebem para treinar, jogar e dar seu melhor em campo. Isso, o time vascaíno está fazendo muito bem, mesmo sem receber.

Independente de ter altos ou baixos salários, os atletas têm seus compromissos e precisam arcar com eles. Assim como qualquer cidadão. Se o clube aceitou contratar um determinado jogador, ele tem que ter garantia financeira pra arcar com sua obrigação e assim ter o direito de cobrar de seus jogadores. Ou não precisa receber pra jogar bola?

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