quinta-feira, 3 de maio de 2012

Calma, Thomás!

Promovido em 2011 ao time principal do Flamengo pelo ex-treinador Vanderlei Luxemburgo, o jogador Thomás não vem tendo muitas chances com o atual treinador rubro-negro, Joel Santana.

A relação Thomás (e de quem cuida dos seus interesses) e Flamengo já começou a azedar quando o clube comunicou ao jogador que solicitaria sua dispensa da Seleção Brasileira Sub-20 que disputaria um torneio internacional, para que ele pudesse ficar à disposição do clube para os jogos da Libertadores. Óbvio que isso desagradou tanto o jogador, quanto seu “staff.”

O que parece, nesta primeira discordância de idéias, digamos assim, é que para o jogador e seus empresários é muito mais importante jogar um torneio na Espanha que disputar a principal competição que o seu clube disputa no primeiro semestre.

Infelizmente, é nítido que a visão é apenas comercial. Seus empresários querem a revelação na vitrine internacional. E a camisa canarinho ainda serve muito bem como chamariz para tanto.
E pior, jogador deixaria de jogar pelo clube que arca com seus salários e pelo qual ele tem a obrigação de estar sempre à disposição.

Pois bem, semana passada mais uma decisão do treinador Joel Santana e ratificada pela diretoria do clube só piorou o cenário: o jogador deverá retornar às categorias de base por tempo indeterminado.
Claramente descontentes com esta decisão, somada aquela solicitação de dispensa do jogador pela Seleção Brasileira, o jogador já cogita deixar o Flamengo por empréstimo em um primeiro momento.
Além disso, o jogador também não gostou da comunicação da sua reintegração à base do Flamengo ter sido dada por um interlocutor do Joel, e não pelo treinador.

Não cabe a mim, julgar as razões porque o jogador não vem sendo aproveitado. Muito menos se apenas por isso ele deva devolver o jogador à base. Isso é uma decisão do treinador e, teoricamente, por questões técnicas.

Contudo, o que me causa estranheza e acredito que merece reflexão, é a reação do jogador e mais especificamente dos seus empresários, Alan Espinosa e Gerson Sá. Estes, descontentes com reintegração do jogador a base, reuniram-se com o vice de futebol, Paulo Cesar Coutinho, e com Michel Levy, vice de finanças, para esclarecer os fatos ocorridos e provavelmente buscar justificativas para tais decisões.

Ora, se o jogador tem contrato com o clube, este é soberano sobre qualquer decisão quanto a seus funcionários.O Thomás e seus representantes tem o direito de saber porque o jogador retornará à base, porém não podem usar isso como estopim de uma crise com o clube. E muito menos usar isso como argumento para uma possível saída.

Portanto, acreditando que o afastamento do time principal seja por razões técnicas, o que o Thomás tem que fazer é trabalhar. Só assim, teoricamente, ele poderá reconquistar outras chances.

 Do contrário, ele pode engrossar o número de jogadores com grande futuro, mas que por algumas razões extra-campo, não tiveram a maturidade necessária para tomar as melhores decisões. Até porque muitas vezes estas decisões são tomadas por quem cuida de seus interesses. Pessoas que muitas vezes visam muito mais o retorno de “seus investimentos” que o melhor para o futuro do atleta.

0 comentários:

Postar um comentário

Pesquisar este blog