quarta-feira, 18 de junho de 2014

A Arte da Simulação


A primeira rodada da Copa do Mundo de 2014 foi fantástica, sem exagero podemos afirmar que fora a melhor primeira rodada da história das Copas! Gols contra, gols rápidos, goleada na atual campeã, melhor do mundo sendo goleado, gol de Messi no Maraca, estreia de Neymar com dois gols, e por aí vai...

Porém o que me chamou a atenção de fato foi o assunto mais polêmico  da rodada, o  pênalti sofrido(ou não) pelo Fred. Teorias conspiratórias sobre um favorecimento ao país sede do evento foram levantadas, um lance idêntico na partida contra o México não foi marcado certamente movido pelos questionamentos sobre o lance,  e o que mais me chamou  atenção foi a reação da sociedade brasileira com o acontecido.

Realmente vivemos em uma sociedade dissimuladora, em que inventamos desculpas para faltar ao colégio ou ao trabalho, simulamos inocência, amizade, riqueza, criamos qualquer coisa que possa nos beneficiar, como o pênalti nos favoreceu. Levar vantagem em tudo é uma tendência humana que requer cuidados. Nossos governantes simplesmente refletem aquilo que  somos em nosso dia a dia, e isso não é exclusividade do Brasil,  os argentinos celebram  até hoje o gol feito pela “ la mano de Díos”  em 86, a FIFA resiste em utilizar a tecnologia em favor de um jogo mais justo alegando que isso  tiraria a graça do futebol. Por acaso roubar é engraçado?

Não quero  que  o jogo  seja  anulado, como Felipão disse, foi a visão do árbitro, e ali ele é autoridade máxima, mas não precisamos seguir os pensamentos do pensador Felipe (goleiro do Flamengo), porque ganhar roubado não é mais gostoso.

Nas divisões de base, vemos vários adolescentes aprendendo a simularem dentro  de campo contusões, exemplo para eles não faltam,  Rivaldo em  2002, David Luiz pelo Chelsea   flagrado sorrindo ainda no chão, e por muitas vezes estes meninos são orientados pelos seus treinadores ou pais! Estes  mesmos adolescentes simularão no seu dia a dia, precisamos ter cuidado, futebol deve servir de bom exemplo, e infelizmente hoje é algo em extinção.

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