Jogadores, de agora em diante, tentem ganhar tempo!


Estádio Beira Rio, dia 27 de outubro de 2012. Jogo Internacional x Palmeiras pelo Campeonato Brasileiro. Aos 16 minutos do segundo tempo, o palmeirense Barcos faz um gol com a mão. Nem árbitro nem seus auxiliares percebem e acabam validando o gol. Após vários minutos de reclamação colorada, o árbitro, ao consultar o delegado do jogo, volta atrás e invalida o gol. Embora a arbitragem não tenha admitido, para quem acompanhou a discussão, ficou claro que houve interferência externa, ou  seja, o delegado ou alguém de fora do jogo viu o toque de mão através da TV e informou ao árbitro do jogo. O Palmeiras entrou com recurso pedindo anulação do jogo por causa desta interferência, mas o mesmo foi negado pelo STJD.

A partir daí, criou-se um precedente perigoso: qualquer lance duvidoso poderia ser revisto através de consulta à TV por qualquer agente externo ao jogo. Basta que alguém informe ao árbitro de forma velada e que este não admita essa interferência na súmula, que é absurdamente considerada sempre como verdade absoluta.

Depois disso, aconteceram outras situações semelhantes. No Campeonato Carioca de 2013, o árbitro confirmou um gol do Flamengo contra o Duque de Caxias, assinalado por Ernane em posição de impedimento. Após “conversa” com o auxiliar, que também havia validado o gol, voltou atrás e anulou. No mesmo campeonato, no jogo Botafogo x Madureira, o árbitro marcou pênalti a favor do time alvinegro. Quando a bola já estava na marca da cal, o árbitro voltou atrás porque o jogador que o jogador que sofreu o pênalti estava em posição irregular. Na Copa do Brasil de 2015, foi a vez do Santos ter um gol anulado minutos depois da marcação no jogo contra o Figueirense. Em todos os lances, fica claro há consulta externa.

Eis que ontem, no Fla Flu em Volta Redonda, o auxiliar anulou acertadamente um gol do Fluminense. Após conversa com o árbitro, pressionado por tricolores, foi confirmado o gol. Aí foi a vez dos rubro-negros pressionarem. Imagens mostram claramente jogadores falando do que a TV mostrou que estava impedido e o delgado do jogo entra em campo. Gol anulado novamente por interferência externa. O Fluminense disse que tentará anular o jogo, mas o STJD já se manifestou contrário à possibilidade. Diante do precedente aberto em 2012, é natural que o STJD se posicione desta maneira.

Do ponto de vista técnico e olhando cada jogo isoladamente, podemos considerar que a reclamação dos clubes que tiveram seus gols anulados não procede. Afinal, em todos os lances, o árbitro acabou anulando bem os gols, pois todos foram realmente irregulares. O problema é que o recurso eletrônico não é algo oficial, a regra não permite. Já ocorreram vários jogos em que o árbitro validou ou anulou um gol erradamente, mas não houve interferência externa para anulá-lo. Ou seja, olhando o campeonato de formal geral, isso acaba gerando desequilíbrio técnico. Por exemplo, no jogo Corinthians 0 x 1 Fluminense, o árbitro não consultou nenhum elemento externo e acabou validando um gol ilegal do time tricolor.

Diante desse quadro e da posição do STJD, o que fazer? Bem, a médio e longo prazo, que as federações abandonem a postura arcaica e comecem a utilizar o recurso eletrônico de forma oficial nos jogos. A curto prazo, o jeito é os clubes orientarem seus jogadores a pressionaram a arbitragem em lances polêmicos por tempo suficiente para que a TV seja consultada. Proposta absurda? Talvez, mas não menos absurda do quadro atual do futebol brasileiro.


Read More

7 x1 foi pouco



Imagine uma grande empresa de vendas de refrigerantes, líder mundial no mercado. Agora imagine que vai haver um grande evento internacional na qual esta grande empresa espera vender mais de cem milhões de garrafas. Só que aí acontece da grande concorrente dela vender mais de trezentos milhões enquanto que as vendas desta empresa mundial não chega nem a dez milhões. O que você acha que aconteceria? Provavelmente uma grande reformulação para entender o que deu errado e não deixar que se repita, correto? Sim, em qualquer empresa séria e comprometida com o seu propósito. Infelizmente, não é o caso da Confederação Brasileira de Futebol.

Após a vexatória eliminação na Copa do Mundo de 2014 com a derrota por 7 x 1 contra a Alemanha, esperava-se uma reformulação do futebol brasileiro. Esperava-se que velhos hábitos e mamatas encerrassem, que toda formação do jogador e dos campeonatos fosse revista. No dia seguinte à derrota até parecia que isso poderia acontecer. Mas não tardou muito para essa possibilidade morresse. Logo, atribuíram a derrota a uma mera “pane de quinze minutos” (em referência aos gols da Alemanha saindo um atrás do outro) e trataram a eliminação como um mero acidente de percurso. Para eles tudo vinha bem até essa derrota. E aí trocaram a comissão técnica como forma de satisfação e tudo seguiu como antes.

Olhando apenas para a Copa, essa análise já não se confirmaria, pois o Brasil não fez uma boa competição. Na primeira fase dependeu de um erro de arbitragem para vencer um jogo, não saiu do zero com o México e só deslanchou contra a fraca e já eliminada seleção camaronense. Nas oitavas-de-final, uma bola na trave no último minuto evitou a perda precoce da classificação, que só foi conseguida nos pênaltis. Nas quartas-de-final passou com sufoco pela Colômbia, graças a dois gols em bola parada. Note que o Brasil acabou favorecido pela tabela que fez com que enfrentasse três adversários americanos bem conhecidos, um africano já eliminado e uma europeia de terceiro escalão. No primeiro grande desafio, aconteceu o vexame. Creio que ninguém esperava uma derrota tão acachapante, mas a eliminação não seria surpresa para ninguém que tenha analisado os jogos anteriores sem superficialidade.

Em uma análise mais profunda, os problemas do futebol brasileiro que levaram a tal vexame são muito mais profundos do que uma Copa mal jogada. Em primeiro lugar, em termos de gestão o nosso futebol nunca teve competência. Estruturas precárias e muito oba oba sempre foram marcantes. Contudo, tínhamos jogadores mais talentosos que decidiam os jogos mesmo nessa bagunça gerencial. Mas com o tempo fomos perdendo esse talento. As bases dos clubes passaram a se preocupar mais em formar jogadores troncudos e corredores em vez de jogadores técnicos. Já houve relatos de jogadores dizendo que saíram da base sem saber chutar para o gol e isso nunca foi corrigido. O resultado disso é um cenário onde qualquer jogador que domine dois fundamentos (passe e chute, por exemplo) já é considerado acima da média. Some a isso a entrega quase que total das divisões da base a empresários, que faz com que jogadores talentosos, mas não empresariados sejam preteridos em detrimento daqueles que tem melhores assessores. Quem nunca viu um jogador fraco de titular em seu time e se perguntou “como esse cara virou jogador profissional”?

A culpa disso, evidentemente, não é apenas da CBF, mas também dos clubes que permitiram esse sucateamento. Os mesmos clubes que seguem dando apoio a Federações que enriquecem sem contribuir com praticamente nada. Sem falar de campeonatos longos e inchados, com baixíssimo nível técnico que não atraem o interesse do público. O campeonato estadual do Rio de Janeiro é uma prova viva disso. Sem falar no monstro criado na Copa do Brasil que, por puro interesse comercial, virou uma competição desnecessariamente longa. 

Não posso deixar de citar aqui a mídia que, se por um lado não atua na formação de jogadores, por outro lado tem certa culpa passiva. A mídia colabora a partir do momento que endossa o cenário e eleva a status de craque jogadores comuns. Sem falar no excesso de exposição de alguns, aprovando praticamente tudo que essas personalidades endeusadas por eles falam e dizem. A declaração de Neymar após a recente eliminação é emblemática e simboliza bem a geração de jogadores mimados que temos hoje, mais preocupados com selfies em redes sociais do que com futebol. Tudo isso amparado pela mídia. E olha que nem vou comentar os horários de jogos esdrúxulos marcados pela TV que contribuem para o esvaziamento do espetáculo, pois isso também é culpa dos clubes que são negligentes e permitem isso.

Mesmo diante de todo esse cenário, os dirigentes do futebol brasileiro preferiram arrogantemente insistir na tese da “pane de quinze minutos” e nada fazer para mudar o rumo. Trouxeram de volta um técnico igualmente arrogante e mantiveram todo o modo de (falta de) preparação e formação. Bem, dizem que se você não aprende em casa, a vida depois te ensina com mais rigor. Isso é verdade e se você não aprende com a primeira lição da vida, a segunda não demora muito a vir e com o mesmo rigor. E foi o que aconteceu no domingo à noite, com a seleção eliminada na primeira fase da Copa América pela fraca seleção peruana. A arrogância de Dunga é tanta que preferiu atribuir à eliminação ao erro da arbitragem que validou um gol com a mão. Ignorou a incapacidade de sua equipe de fazer um gol no Peru. Ignorou o fraco futebol mostrado na competição. Ignorou o fato de seu inexperiente goleiro ter falhado no primeiro jogo e a derrota só não ter acontecido graças a outro erro de arbitragem.

E assim segue o futebol brasileiro. Ignorando tudo que está de errado, vivendo de oba oba e achando que a tradição e o passado vão sustentar para sempre. Particularmente não acredito que veremos mudanças nos próximos meses. No máximo teremos outra mudança de treinador, mas nada que altere de fato o panorama e o modus operandi do nosso futebol. O que é algo perigoso, pois logo poderemos ter um novo “7 x 1”, não no resultado dentro de campo, mas fora dele. A não classificação para a Copa seria outro vexame, mas talvez seja a pá de cal necessária para enterrar de vez o futebol brasileiro e fazer com que seus comandantes, ou sejam enterrados juntos, ou finalmente criem vergonha na cara. 



Read More

Onde está o Bom Senso?



Na última quarta-feira, dia 13 de agosto de 2014, aconteceu um fato inesperado que foi a eliminação de Fluminense, São Paulo e Internacional da Copa do Brasil. Os três, que são times grandes do futebol brasileiro, perderam a vaga para América/RN, Bragantino e Ceará, respectivamente, todos considerados times de terceiro ou quarto escalão do Brasil. Não vou entrar no mérito dos jogos em si, mas já que ultimamente os jogadores tem cobrado profissionalismo e fair play de seus clubes, eu pergunto se essa eliminação é algo aceitável.

É evidente que futebol é disputado em onze contra onze e um time grande perder para um time mais fraco não é novidade. Acontece desde que o futebol existe. Contudo, recentemente os jogadores criaram o movimento chamado de “Bom Senso F.C.” em que cobram, dentre outras coisas, melhor calendário, férias e fair play financeiro. É muito justo, diga-se de passagem. São mudanças que tendem a ser benéficas para o futebol brasileiro. Entretanto, penso que quem cobra deve ser cobrado e ter a mesma postura que espera ter de quem ele está cobrando.

Quanto é a folha salarial de Fluminense, São Paulo e Internacional? Será que a folha salarial do América/RN inteiro supera os salários de Conca, Fred e Diego Cavalieri? Bem, eu não participo das reuniões de orçamentos do Fluminense, mas creio que quando o clube calculou o orçamento de 2014 não estava prevendo uma eliminação tão precoce na Copa do Brasil. O mesmo vale para São Paulo e Internacional. Quem paga essa conta? No início do ano, jogadores do Botafogo, que ainda não estavam com um atraso tão grande de salário disseram que não tinha motivação para jogar o campeonato carioca. E aí, como fica o clube nessa história? No prejuízo porque os jogadores não estão motivados?

A relação entre jogadores e clube é desigual porque hoje os clubes são verdadeiros reféns. Os jogadores podem fazer o que bem entendem como faltar treinamento, pedir para não viajar, jogar mal algumas partidas “por não estar bem emocionalmente”, perder classificações por “estarem em um dia ruim” e no final quem arca com o prejuízo são os clubes. Jogadores cobram fair play financeiro para não ter atrasos no salário, mas não admitem redução dos mesmos e fogem da responsabilidade quando o clube tem de amargar o prejuízo de uma eliminação precoce. É evidente que, como em qualquer negócio, o clube deve avaliar os riscos quando monta seu orçamento. Mas será mesmo que um clube grande considera como alta a possibilidade de eliminação numa fase pré-eliminar de Copa do Brasil? Ou ficar de fora de uma fase final de Estadual? Claro que muitas vezes a gestão dos clubes é mal feita, mas estou me prendendo somente aos casos de eliminações inesperadas, aquelas verdadeiras zebras.

A situação piora ainda mais quando um jogador cisma de sair do clube. Aí ele até foge de concentração, tira o pé de dividida, força cartões e o clube não pode fazer nada além de rescindir o contrato amigavelmente sem ganhar nada, mas para diminuir o prejuízo de ter de bancar um jogador que não quer ficar. Mas e o prejuízo técnico com a perda do jogador? Quem paga isso?

Deve-se lembrar também que muitas vezes isso acontece por culpa dos próprios clubes. Em quase 100% dos casos em que um jogador força a barra para sair do clube, há um segundo clube esperando-o sair para contratá-lo sem obrigação de pagar multa. Ou seja, um clube tenta se dar bem passando a perna no outro sem pensar que no futuro ele pode acabar passando pelo mesmo prejuízo. Claro que isso não ameniza o mau caratismo do jogador que toma essa atitude, mas penso que no dia em que os clubes se unirem e resolverem não contratar mais jogadores com esse perfil, essa prática nociva irá acabar.

Assim, penso que por mais que no futebol seja comum o mais fraco derrotar o mais forte é necessário uma reflexão dos jogadores. Eles precisam também ter bom senso antes de exigirem bom senso. Não estou defendendo as administrações dos clubes, que costumam ser péssimas e até fraudulentas em alguns casos. Porém, se amanhã aparecer uma diretoria honesta e profissional em um clube, ela vai estar sujeita aos mesmos caprichos dos jogadores. E pode ver todo seu trabalho ir por água abaixo por causa de episódios como os que relatamos. É necessário bom senso sim, mas de todos os envolvidos no futebol.
Read More

Sabe de nada inocente...


A escolha de Dunga como novo treinador da seleção brasileira não deveria gerar tanta surpresa, uma simples pesquisa pelos 100 anos da nossa seleção podemos encontrar fatos idênticos ao que presenciamos nos últimos dias.
Após a humilhante derrota para os alemães ficou claro que o futebol brasileiro estava muito atrasado com relação ao futebol praticado na Europa, um clamor por mudanças na estrutura do nosso futebol foi feita em todas as mídias, e muitos acreditaram que depois desta grade derrota os poderosos do futebol brasileiro finalmente dariam um grande passo neste sentido, mas não, os passos dados foram os mesmos de outras Copas.
No livro História das Copas, João Máximo relatou alguns casos pitorescos que aconteceram com a nossa seleção durante as 19 edições anteriores, na maioria dos casos, técnicos eram escolhidos por questões políticas internas da então CBD ou por influência da política nacional, mas vamos nos concentrar no atraso tático que sempre acompanhou o futebol pentacampeão.
Em 1938 o treinador Ademar Pimenta ainda utilizava o sistema 2-3-2-3, quando o sistema WM já era utilizado pelos europeus desde 1925! Neste período a confiança no talento individual de nossos jogadores já era mais importante que opções táticas, outro ponto a ser mencionado era que os brasileiros não sabiam dar o tiro de meta, demonstrando falta de conhecimento das leis do jogo.
Em 1954, o então técnico Zezé Moreira e toda comissão técnica desconheciam o regulamento da competição, e durante o empate em 1x1 contra a Iugoslávia, resultado que classificava ambas as equipes, o que se viu foi uma seleção desesperada com o empate, gerando um desgaste desnecessário emocional quanto técnico.
Em 1966 tivemos a primeira experiência de trazer de volta um técnico vencedor ao comando da seleção, Vicente Feola campeão em 1958 assumira novamente a seleção buscando repetir o sucesso de anos atrás e com a convocação de  44 jogadores para a fase de preparação, um professor de judô(Rudolf Hermany) responsável pelos treinamentos e João Havelange como chefe da delegação, voltamos mais cedo pra casa.
Para Zagallo em 1974 a Holanda jogava um futebol "tico-tico no fubá", apesar de conhecer bem o esquema tático holandês.
          E em nossa história recente tivemos Parreira voltando em 2006 fracassando como também fracassou Telê Santana em 86, passando por Felipão em 2014 e agora Dunga.
         A história é antiga, o que Marin e sua turma fizeram foi simplesmente manter o padrão que todos aqueles que o antecederam fizeram na época em que apenas o talento de nossos jogadores era suficiente. Podemos ganhar a Copa 2018, mas continuaremos a andar em círculos, sem evolução tática ou crescimento de nossos clubes. Hoje não formamos mais armadores nem atacantes, daqui a pouco nos faltarão goleiros, laterais...o que me leva a crer em um pensamento do velho Marin:

 "Mudanças? Sabe de nada inocente..."

Read More

Um balanço da Copa 2014



E a Copa chegou ao fim. Parece que foi ontem que teve o pontapé inicial, passou rápido demais. Porém, chegou ao fim. Muito se comentava sobre os preparativos para o evento, dizia-se que o Brasil passaria vergonha por não ter a estrutura necessária para receber tantos visitantes. Nada disso aconteceu. Aeroportos funcionaram, os estádios atenderam e a maioria dos estrangeiros ficou satisfeita. Em termos de organização, a Copa foi sim um grande sucesso. Mas e a respeito do futebol dentro das quatro linhas? O que dizer?

Muitas matérias surgiram para falar do vexame sofrido pelo Brasil. Explicações que vão desde problemas nas categorias de base até às teorias da conspiração das mais loucas. Acabei não escrevendo nada porque penso que seria apenas mais do mesmo. Falando rapidamente, claro que o futebol brasileiro tem problemas, sempre teve. Há problemas sim nas categorias de base, na formação dos jogadores, no fato de saírem cedo demais e por aí vai. Só acho que era possível ganhar a Copa mesmo com esses problemas. Faltou um melhor planejamento na formação da equipe. Faltou um técnico que montasse um grupo com mais variações de jogada, que convocasse por méritos e não por amizade e, falando especificamente do jogo do vexame, faltou ao treinador povoar o meio de campo. Sim, jogo a eliminação do Brasil na conta da comissão técnica.

O título está bem entregue. No início da competição, disse que Brasil, Alemanha e Argentina eram meus favoritos e eles chegaram entre os quatro primeiros. A Alemanha manteve sua velha e conhecida frieza e eficiência nos jogos. Sempre vai ser um adversário perigoso nas Copas. Contudo, acho que está havendo um exagero na mídia no que diz respeito ao futebol alemão. São muito organizados, se planejaram muito bem e inovaram na formação dos atletas. Mas vale lembrar que fizeram a final com a Argentina. Argentina que passa por grave crise econômica e que inchou seu campeonato nacional com trinta clubes. Se Higuaín não tivesse desperdiçado a chance clara que teve quando o jogo estava zero a zero e a Argentina fosse a campeã, o futebol argentino seria modelo para o nosso? A Holanda foi eliminada pelos argentinos nos pênaltis, poderia ter chegado à final com condições de título. Por que não seguir o modelo holandês então?

É evidente que o futebol brasileiro tem vários problemas para resolver. Não serei aqui mais um bairrista Pacheco para dizer que tá tudo ótimo, muito menos um arrogante para falar que não temos que aprender nada. Não é isso. Só penso que devemos ter cuidado e conter a euforia de dizer que como a seleção X ganhou vamos fazer tudo como ela fez. Devemos sim copiar o que deu certo nos outros países, mas, como sempre digo, não só no futebol, o Brasil precisa desenvolver a sua solução. Não somos a Argentina, não somos a Alemanha, não somos a Holanda. Somos o Brasil com mais de oito milhões de metros quadrados e quase duzentos milhões de habitantes. Sem falar na questão cultural. Assim, torno a dizer, é evidente que devemos tentar aplicar soluções que deram certo em outros países, mas sempre adaptando para nossa realidade.

Voltando à Copa, repito, o título foi bem entregue, mas a goleada sobre o Brasil deu à seleção alemã um status um pouco acima do que foi o futebol jogado por eles ao longo da competição. Tiveram muitos problemas para superar Estados Unidos e Argélia, sendo esta última na prorrogação. E por pouco não perderam para Gana. Os 7 x 1 sobre a seleção brasileira passaram a imagem de que a Alemanha era uma máquina, mas quando enfrentaram a Argentina, que marcou como o Brasil deveria ter marcado, voltaram a enfrentar dificuldades. Estou contestando o título alemão? Longe disso, não vi nenhuma seleção nessa Copa comprovadamente melhor que a alemã. Estou apenas fugindo do “oba oba” praticado pela crônica esportiva.

E já que falei da final, é necessário dizer que a Alemanha mereceu a vitória não apenas pelo futebol jogado ao longo da Copa, mas também pela maior ousadia no jogo. Já havia falado que a Argentina não me empolgava. Faziam uma marcação forte no meio de campo e resolviam no talento dos atacantes. Com a ausência de Di Maria, esse talento diminuiu e já no jogo contra a Holanda, os argentinos passaram a marcar ainda mais e esperar por uma bola para matar o jogo. Contra os holandeses ela não surgiu, contra os alemães até surgiu, mas não foi aproveitada. Já os alemães, buscaram o gol. Não criaram tantas oportunidades porque não conseguiam impor seu jogo de toque de bola no meio de campo devido à marcação, mas foram eles quem mais buscaram o ataque. E acabaram premiados quando já se achava que teríamos outra decisão por pênaltis.

O Brasil contra a Holanda foi o mesmo Brasil dos outros jogos da Copa. Desorganizado, exagerando no individualismo, defesa exposta e com um time que não toca a bola. Comentamos que a seleção brasileira ainda não havia se imposto em nenhum jogo, não houve uma partida controlada de fato. Depois da classificação sobre o Chile, disse que precisaria melhorar muito. Todos os jogos foram sufoco, mesmo sendo os adversários não tão fortes assim. O estilo de jogo com muita correria da Holanda acaba tornando a tarefa de marcação do Brasil menos difícil, mas não o suficiente para evitar novo vexame brasileiro.

Ouço muita gente falar que essa foi a “Copa das Copas”, melhor Copa de todos os tempos. Não quero ser ranzinza, nem nostálgico, mas só concordo com essa afirmação se levarmos em conta apenas a organização do evento e a integração entre os povos. No futebol praticado, francamente não vi tanta coisa. Qual foi o grande jogo desta Copa? Qual foi o jogo de ataque contra ataque, com duas seleções se enfrentando buscando o gol, obrigando os dois goleiros a fazer grandes defesas ou com várias oportunidades criadas? No máximo aconteceram jogos em que uma seleção só se defendia e a outra pressionava, como foi Holanda x Costa Rica. Os outros jogos mais emocionantes tiveram essa emoção mais pelo jogo travado que o fez ir até à prorrogação do que pelo futebol praticado. Quem viu Argentina x Holanda em 1998 deve ter ficado decepcionado com a semifinal deste ano. Assim, penso que no nível técnico dos jogos, as seleções ficaram devendo.

Agora é esperar pela Rússia 2018. A Alemanha é o novo adversário a ser batido. Provavelmente manterá sua base. O mesmo deve acontecer com a Holanda, que possui uma média baixa de idade. Já a Argentina, com a média de idade mais alta, deverá passar por alguma reformulação. Já o Brasil, penso que deverá passar sim por mudanças na base. Como disse Tostão, hoje na base formamos Neguebas que só sabem correr com a bola e não trabalhá-la. Há quanto tempo não formamos um verdadeiro camisa 10? Ou um “enganche” como dizem os argentinos? Pensou-se que Ganso poderia ser esse nome, mas não evoluiu. Além disso, é necessário uma mudança no comando técnico. Sou favorável sim à experiência com técnicos estrangeiros já há algum tempo. Acho os treinadores brasileiros preguiçosos, não ensaiam jogadas e não tem variações. A maioria é um bando de retranqueiros que vive levando nó tático de técnicos sul-americanos com equipes piores. Nesta Copa tínhamos três treinadores argentinos. Será que os nossos são tão arrogantes a ponto de dizerem que não podemos aprender nada com eles?

Agora todos falam em mudanças, mas, infelizmente, penso que no máximo acontecerão mudanças pontuais como demissão da comissão técnica. Ações para dizer que fizeram algo. Mexer nas estruturas de futebol, começando desde o comando da CBF, colocando que entenda do esporte não de político, penso que dificilmente vai acontecer. Mas, só o tempo dirá!
Read More

POR QUE NÃO PELÉ?

O brasileiro tem memória curta, esquecemo-nos facilmente dos grandes feitos e erros bastando apenas um  novo fato para que o passado realmente seja esquecido. Desvalorizamos o que muitos brasileiros  conquistaram pelo mundo em detrimento  de nossas mazelas quando nós mesmos não mudamos em nosso dia, o que gera em minha humilde opinião uma hipocrisia.
Escrevo isso porque parece-me que esquecemos que somos pentacampeões mundiais, e antes que me critiquem, este é um  blog que fala sobre futebol, sobre copa do mundo, então concentro minha observação aos heróis das quatro linhas!
Dentro de uma semana a Copa estará terminando, e com as exceções do capitão da conquista de 2002 Cafú e Kaká, não vimos nenhum outro campeão mundial em nossa cerimônia de abertura ou nas partidas de nossa seleção. Nenhuma homenagem ou lembrança daqueles que nos  transformaram em potência mundial neste esporte que é o mais praticado e amado no mundo inteiro, e fico perguntando-me principalmente pelo maior de todos, aquele que é respeitado no mundo inteiro, aquele que mesmo sem a internet é conhecido na áfrica, na ásia, tornou-se o atleta do século  sem jogar uma única temporada na Europa! Estou falando de Pelé.

É evidente que os interesses comerciais afastaram Pelé da abertura do evento e das partidas em geral, exigência da FIFA? Engraçado, recentemente a FIFA o presenteou com  uma bola de ouro por tudo que ele fez pelo futebol, e mais, em 2006  Beckenbauer, maior jogador da história da Alemanha esteve à frente da organização do evento, alguns anos  atrás, Platini fez o mesmo na França, e por que aqui no Brasil o maior de todos simplesmente foi colocado para escanteio? Tudo bem que Ronaldo foi o garoto propagando do Comitê Organizador Local, mas apesar de suas duas conquistas, Ronaldo não foi Pelé.
Ignorar Pelé é  um absurdo, esqueçamos seus comentários, o que  ele fez em campo não será apagado, o mundo o reverencia, menos nós brasileiros.
Para terminarmos uma ideia: que tal o rei do futebol entregar a taça ao campeão ao invés da "presidenta"?
Fica a dica!
Read More

ASSIM NÃO PODE!



Circula na internet que certo site proibiu a combinação de determinadas palavras para personalização na camisa do Brasil  protegendo descaradamente personalidades políticas e seus partidos. Acessei o site e de fato você não consegue personalizar a camisa da seleção brasileira com certas combinações.

Até que ponto podemos expor nossas opiniões políticas? Até que ponto esta proibição é válida? Estamos vivendo uma censura camuflada? Tirem suas próprias conclusões.
Read More

NOSSOS HERÓIS, NOSSOS VILÕES



Nós brasileiros somos rápidos em nossas sentenças, quem é herói  torna-se  vilão em questão de segundos, ouvi inúmeros torcedores descarregando sua raiva em cima de Julio Cesar e Felipão, buscando um culpado por este  vexame. Pelo nosso histórico,  a primeira coisa que será feita é a demissão do treinador, o culpado é sempre ele, independente de quem seja.  Lembro-me quando Dunga foi anunciado para resgatar o respeito pela seleção brasileira, ganhou dois títulos e virou o culpado pela eliminação da Copa de 2010  abraçado a Felipe Mello.
O resultado de ontem foi atípico, mas estamos entre as quatro melhores seleções da competição, jogar tudo no lixo e  começar um trabalho do zero é um equívoco e não traz o resultado esperado, trocamos Mano por Felipão e ganhamos o de sempre, uma Copa das Confederações. A seleção espanhola também foi humilhada, sinal que o ciclo de uma geração terminou mas não há um movimento de caças às bruxas no país, o que há é uma necessidade de renovação, que não é o nosso caso.
A alguns anos atrás sobravam jogadores de criação no meio de campo e atacantes de área, tínhamos o luxo de deixar fora da seleção o chuteira de ouro na Europa Jardel(que nunca foi craque, mas fazia gol), o gênio Romário, Djalminha, Marcelinho, Alex entre outros que facilmente seriam titulares nesta seleção atual, outros como Juninho Pernambucano nunca foram titulares o que demonstra   nossa fartura de craques em outros tempos. Nosso  problema está em nossos clubes, não formamos grandes jogadores, Oscar que seria o homem de criação não tinha ninguém no banco para substituí-lo, o que temos agora é um bando de velocistas tentando resolver tudo  sozinho, nenhuma troca de passes, triangulações, nada comparável com o que os alemães fizeram em nossa grande área durante todo o jogo. Nossa equipe não treinou nenhuma jogada ensaiada, é um time de uma nota só (Neymar) e quando desafina não há arranjo  que dê  jeito. Mas tudo isso não significa que somos os piores do mundo no futebol.
Para terminar  nossos treinadores precisam de uma reciclagem, o provável substituto de Felipão será Tite, o mesmo que conquistou inúmeros empates com o Corinthians, e que quando vencia, dificilmente fazia mais do que um gol por partida.  Não será a hora de  deixarmos o preconceito de lado e contratarmos um treinador estrangeiro?

Read More

AULA DE HOJE: PLANEJAMENTO


O jogo de hoje refletiu a realidade de duas nações, em uma rápida análise sobre a Alemanha e o Brasil podemos encontrar muitas semelhanças com o que aconteceu hoje no fatídico 08 de julho de 2014.
A Alemanha é o motor da União Europeia, poderíamos escrever um artigo inteiro sobre este assunto, e tudo o que eles são na economia e na educação reflete-se em seu futebol desde 2008.  Após terminar em terceiro lugar na  Copa que sediou  em 2006, os  alemães  dois anos após delegaram ao então assistente técnico Joachim Low o comando da seleção. Junto a isso deu-se início  a um audacioso projeto em todo país  visando mudar o quadro da seleção alemã  gerando novos talentos par a o país. Ao longo deste processo, a seleção alemã não conquistou nenhum título, bateu na trave tanto na Copa do Mundo de 2010 como também na Eurocopa, porém os clubes alemães passaram a conquistar a Europa e os estádios lotaram.
O que vimos hoje foi o fruto de um trabalho de 6 anos,  lógico que o placar não reflete claramente  a diferença técnica entre as duas seleções, mas nos leva a refletir nossas escolhas.
Neste mesmo período perdemos uma geração inteira, Kaká, Ronaldinho Gaúcho, Adriano e Robinho que poderiam ser o pilar da experiência desta seleção foram perdidos ao longo dos anos, em 2007 quando fomos escolhidos para sediar a Copa, o nosso único objetivo era ganhar a Copa  de 2010 com o exercito de Dunga, nenhum projeto visando a Copa de 2014 foi elaborado, deixamos a vida nos levar e chegamos aonde estamos hoje.
Mas podemos aprender com os alemães, não podemos pegar estes jogadores e comissão técnica e acreditar que nenhum deles ou a maioria não sirva mais para a seleção brasileira, como também não dá mais para esconder nossas  vergonhas. Ninguém deve assumir a seleção brasileira pelo currículo que possui, Felipão fez um trabalho horrível no Palmeiras e como prêmio voltou à seleção, por outro lado demiti-lo talvez não seja a melhor ideia, se não trouxerem um técnico capaz de mudar a concepção de jogo da seleção o melhor é dar sequência ao trabalho.
Com relação aos jogadores, David Luiz, Thiago Silva, Marcelo, Oscar e Neymar são jogadores excelentes e devem permanecer  na equipe para 2018, porém se não investirmos na base dos clubes brasileiros, mudarmos a concepção de formação  dos novos jogadores ,o nosso futuro será tão sombrio quanto o nosso presente.

Read More

Brasil precisa ser Brasil

Crédito: Wander Roberto/VIPCOMM (http://www.vipcomm.com.br/busca/fotos/oscar%20sele%C3%A7%C3%A3o/3)
 
Faltando pouco menos de oito horas para enfrentar a Alemanha pelas semifinais da Copa do Mundo, eu divagando sobre o jogo, possíveis resultados e sobre confiança, decreto: Brasil precisa ser Brasil!

Mesmo que desfalcado de seu maior craque, a camisa brasileira continua sendo temida pela maioria das seleções do planeta. Com exceção talvez da Itália e Argentina, nenhuma outra equipe enfrenta o Brasil sem medo. É uma opinião pessoal sem qualquer embasamento estatístico.

Entretanto, toda essa força tácita, revestida de tradição, pode cair por terra se o Brasil não for Brasil. Eis aqui a explicação que parece lógica na minha cabeça: se a seleção se postar atrás, apenas esperando a “boa” para investir no ataque, ela estará cometendo um suicídio.

Alemanha sofreu para vencer Gana e Argélia. Contra os Estados Unidos, mais uma dificuldade. Com exceção da goleada sobre Portugal, os alemães encontraram muitas dificuldades para enfrentar times, teoricamente, mais fracos que o deles. Todavia, os exemplos não podem ser seguidos pela seleção brasileira. Nem o céu, nem o inferno. O Brasil não precisa sair desesperadamente para o ataque. Tem que ter inteligência para se impor em campo, ocupando bem os espaços e buscar a vitória.

O que preocupa é a ausência de alternativas. Praticamente não treinamos variações. Óbvio que nenhuma equipe está totalmente preparada para perder sua maior craque, mas o Brasil não tem, pelo menos até o jogo começar, uma alternativa que possa pelo menos se aproximar da possibilidade que tinha com Neymar na equipe.

 A ausência do atacante é sentida mais pelo que ele tem potencial de fazer que propriamente pela Copa que ele vinha fazendo. Apesar dos quatro gols no torneio, o jogador estava devendo uma boa atuação.

Mas a seleção brasileira precisa entrar em campo com a consciência do que representa, de que joga em casa e que do outro lado há um bom adversário, mas ninguém superior. Com a zaga mantendo a regularidade, os laterais brasileiros avançando de fato e sem medo, com Paulinho e Fernandinho não se prendendo somente à marcação, com Oscar sendo aquele da estreia, com Hulk menos individualista e com Fred finalmente aparecendo, o Brasil tem totais condições de bater qualquer seleção adversária. Inclusive a Alemanha. Torno a dizer, basta ser Brasil.

Colaboração de André Marques.
Read More

O Brasil pode vencer mesmo sem Neymar?



O Brasil inteiro entrou em choque com a contusão de Neymar. Em primeiro lugar devido ao lamento pelo jogador. Ainda é jovem e era apontado como um dos candidatos a craque da Copa. E além disso, a torcida brasileira também passou a temer pelo time. Poderá agora o Brasil render sem a presença de Neymar em campo? Eu penso que sim.

Em primeiro lugar, perdoem-me os mais empolgados, mas não acho que Neymar vinha fazendo tanta diferença técnica assim. Até agora, vi nosso principal jogador fazendo um bom primeiro tempo contra Croácia e um bom jogo contra Camarões. E parou por aí. No segundo tempo contra Croácia e no jogo contra o México, achei-o bem burocrático. Fez uma jogada ou outra, mas muito, muito longe do que se espera dele. Contra o Chile ele prendeu demais a bola e não soube sair da marcação adversária. E contra a Colômbia, vinha fazendo sua pior partida na Copa até ser covardemente agredido.

Aliás, permitam-me fazer um parênteses sobre a agressão sofrida. Houve quem dissesse que não houve maldade, mas sim um lance de jogo. Até o técnico Luiz Felipe disse isso. Não chega a me surpreender, pois lembro muito bem do início de carreira de Felipão no Grêmio mandando seus zagueiros baterem nos adversários. Contudo, sobre o lance de Neymar, ninguém entra com joelho nas costas do adversário sem maldade. Se a ideia do colombiano era derrubar o brasileiro, bastava um empurrão. Penso que deveria ser suspenso pelo tempo que Neymar ficar sem jogar.

Voltando à Seleção, poderíamos dizer que mesmo sem jogar bem, Neymar é uma preocupação a mais ao adversário. Isso é verdade, mas só se torna realmente vantajoso quando o time tira proveito disso. Mas o desempenho do ataque brasileiro é pífio. A classificação nas oitavas e quartas-de-final vieram de gols de zagueiros em bolas paradas. Se Neymar estivesse fazendo a diferença também de forma tática, era de se esperar que os outros jogadores de frente estivessem aparecendo mais, porém, não é o que acontece. O tão criticado Fred, mal recebe bolas para o arremate.

Quem tem feito a diferença para o Brasil é a sua zaga, que a cada jogo cresce de produção. Principalmente David Luiz, na minha opinião, disparado o melhor jogador do Brasil até agora. Acredito que pode continuar fazendo a diferença nos próximos jogos, ainda que isso signifique vitórias magras como tem acontecido.

Sobre o substituto de Neymar, exatamente pelo fato da defesa estar sendo nosso ponto forte, no lugar de Luiz Felipe eu a reforçaria. Como estamos sem Thiago Silva, seria complicado jogar com três zagueiros e ficar sem nenhuma opção no banco. Assim, penso que o melhor seria voltar com Luiz Gustavo deixando-o na cabeça de área e manter Paulinho e Fernandinho em campo. Dessa forma, ambos cobrem os laterais que teriam mais liberdade para avançar e ir ao fundo. Desta maneira, quem sabe os atacantes até recebem mais bolas em melhores condições, principalmente Fred.

Conservador como é, não creio que Felipão vá se mandar ao ataque numa semifinal contra a Alemanha. Creio que mesmo que não jogue com três volantes, deve manter uma preocupação defensiva. Assim, sigo confiante na vitória do Brasil!
Read More

Pesquisar este blog